25 de ago. de 2013

E o diabo que nunca veio...

E eu que jurei que não ia fazer mais isso notei que a minha jura, assim como qualquer decisão que exija muito esforço, caiu por terra. Ainda assim se você me assombrasse, se a gente pudesse voltar, se eu não fosse tão estupido, egoísta e imaturo, eu juraria o mundo. Eu cumpriria o mundo.
E eu que me esforcei tanto, eu que me torturei pelos meus pecados, eu que achei que um dia tudo isso ficaria para tras.. Hoje eu estou aos pedaços. De novo. E nem foi preciso muita coisa, só uma semelhança, só uma musica, só uma foto... só a lembrança do meu fantasma.
E em cada estilhaço um reflexo, e em cada reflexo um erro.
E eu que pensava que tinha mudado. Cada erro refeito, dessa vez com uma carga extra de culpa. Agora eu sei. Eu sei onde erro. Mas por que não errar? Os últimos erros já me tiraram tudo que me importava. E mudar não fez as coisas voltarem ao que eram, então, pra que? Pra que mudar? Pra que fazer o certo?
E se eu tivesse ficado em casa hoje. Ontem. Sempre. Se eu não tivesse atravessado aquela porta. Se eu nunca tivesse visto. Se eu não soubesse...
E eu que para consertar, ou esquecer, venderia minha alma, fiquei a noite inteira esperando o diabo que nunca veio. Mas amanha isso vai passar. Sempre passa.
E eu que tentei fugir do passado vou conseguir escapar dele, como todo dia, até o próximo fantasma. 

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