29 de jul. de 2009

MORTE E VIDA DE JOSÉ ADAMASTOR

José Adamastor era um homem.
E viveu a vida de um homem.
Nasceu, estudou e morreu.
Não se casou pois era feio.
José Adamastor era simples.
José Adamastor era comum.
José Adamastor era um homem.
E nada mais.

25 de jul. de 2009

Selvagem!

Selvagem! E não me quero de nenhuma outra maneira. Não quero regras, convenções. Não quero estigmas e gessos.Não quero grades nem conceitos.
Sou, e isso me basta. Não quero que me analises, que me julgues, que me critiques. Não quero que me aconselhes. Eu não te pedi ajuda.
Eu quero ser cada vez mais livre, cada vez mais transgressor. Sim, eu quero ser transgressor! Transgressor da tua sociedade,da tua falsa moral, da tua monogamia de fachada que fica de pau duro para qualquer prostituta transsexual. Eu quero viver e não ter de me arrepender por isso.
Que se foda o seu Deus e as palavras ensebadas da tua velha oração.
Eu quero respirar! E quero sentir cada movimento do meu peito. E quero sentir cada movimento do teu peito enquanto o fazes também.
Eu quero correr nu na floresta de tuas regras. Quero ignorar tuas raizes. Quero sentir cada laceração que teus rijos galhos infligem no meu corpo e,quero que você venha comigo se ousar vir. E se vieres, te oferto no fim, o calice do meu sangue, tirado dos ferimentos que tu mesmo me fez, para que provesdo meu orgulho, e do gosto agridoce da minha falta de pudor.
Livre enfim te convido, para ultrapassar os limites do tempo, do espaço, da razão e do bom senso, e, só então, amar, do jeito mais incontrolavel e inexplicavel que puderes. Amar com o coração puro e a alma livre. Amar a mim, e a todos os corpos que quiseres.
Sem pressão. Sem cobrança.
E ofereço um retorno igualmente livre, sem posses e reclamações. Sem desamores e azedumes. Sem rancor.
Sei que ainda não estás pronto para isso. Também não estou. Me infectaste no mais intimo com teus ideais impossiveis e, vejo hoje, indesejaveis. Mas não, não falemos de impossibilidades. Não hoje meu amor. Hoje sejamos livres e aceitemo-nos por completo. Hoje calemos as bocas. Hoje eu quero o teu corpo, quero a tua lingua, quero aquele halito doce, aquele calor inebriante que sai de você e se perde em mim, e me perde de mim, e de você.
Mas amanha, ah, o impertinente amanha que sempre nos interrompe e nos chama de volta a realidade do teu mundo, amanha discutiremos essa nossa pseudo-relação.
Amanha você volta a razão e se resguarda, e eu, eu volto a minha loucura e me atiro de um prédio. Você, de volta para sua vida, e eu, para as páginas de Cervantes, para os campos onde não me canso de combater os moinhos que você levanta.
Mas isso meu amor, só amanha...

Sim, eu sei, eu demorei pra postar... e dai? Ninguem lê isso aqui mesmo...rsrsrs E sim, foi por preguiça, e sim, isso provavelmente vai acontecer de novo... Na verdade esse texto nem era pro blog, mas achei que ficou bacana então... divirtam-se ^^

1 de jul. de 2009

Sem entender o porquê eu volto atrás; mesmo sabendo que, de agora em diante, um passo a frente equivale a um litro de alma.

C.